Um viajante no Aeroporto Internacional de Abeid Amani Karume, em Zanzibar, Tanzânia, parou em frente de um oficial que segurava algo que parecia um grande telefone celular azul. Ele apontou o dispositivo para o viajante e dentro de segundos determinou que ele tinha testado negativo para a COVID-19 e podia continuar a sua viagem.O dispositivo, um scanner de exame profundo exponencial (EDE), foi desenvolvido pelo Instituto de Pesquisa de Abu Dhabi e pela empresa de gestão de saúde Sanimed. Os scanners, os primeiros de seu género em África, utilizam tecnologia que pode detectar uma possível infecção pela COVID-19, medindo as ondas electromagnéticas que mudam quando partículas de um vírus se encontram no corpo de uma pessoa, de acordo com um comunicado de imprensa.
“Quando as pessoas chegam, o nosso pessoal de saúde segura o telefone com a tecnologia EDE a uma distância de um a cinco metros para testar para a Covid-19,” gestor de projectos, Mohammad Gulrez, disse ao jornal tanzaniano, The East African.
Os scanners são seguros, não invasivos e os resultados são imediatos. Eles foram testados em 20.000 pacientes antes de serem aprovados pelas autoridades sanitárias dos Emirados Árabes Unidos (EAU). Têm vindo a ser utilizados em aeroportos, estações de comboio, supermercados, escolas e escritórios dos Emirados Árabes Unidos desde o ano passado. Eles chegaram a Zanzibar no dia 16 de Fevereiro.
“A pandemia teve um impacto sem precedentes sobre indivíduos, comunidades e indústrias, em particular, a indústria de viagens,” disse o presidente do Zanzibar, Hussein Mwinyi, numa reportagem da African Business. “Por esta razão, estamos felizes em colaborar com a Sanimed, uma subsidiária do grupo HC, para fazer lançamento destes scanners inovadores em Zanzibar a fim de introduzir maior eficiência para os viajantes que passam por Zanzibar como um porto de entrada.”
Vulgarmente conhecido como a “ilha das especiarias,” Zanzibar é um destino popular para turistas interessados no seu coco e plantações de especiarias. Um grupo semiautónomo de 50 ilhas, Zanzibar ficou unificado com a Tanzânia em 1964.
Embora a economia do Zanzibar tenha inicialmente ficado prejudicada pela pandemia, ela cresceu em 8,8% no terceiro trimestre de 2021, mais elevado do que os seus 3,3% no terceiro trimestre de 2020, de acordo com o jornal tanzaniano The Citizen. O crescimento foi amplamente atribuído à continuação das actividades económicas, principalmente o turismo.
Nassor Ahmed Mazrui, ministro de saúde do Zanzibar, disse que se espera que os novos rastreamentos ajudem a facilitar as restrições de viagens e “façam com que a vida dos viajantes seja menos dispendiosa.”
“Uma preocupação vital do ministério de saúde é de ver Zanzibar como um lugar seguro, um lugar seguro para as pessoas, incluindo turistas, para que venham e apreciem,” Mazuri disse ao jornal tanzaniano, The East African. “Então, adoptamos várias actividades que se encontram disponíveis no mundo, para certificar que todas as pessoas que vêm para o Zanzibar também venham de forma segura.”
Ajhay Bhatia, PCA da Sanimed International, felicitou África por continuar a ser “um campo fértil para inovação e tecnologia.” Num comunicado de imprensa, Bhatia disse que a Sanimed fará uma parceria com a empresa de laboratórios de diagnósticos tanzaniana, Alfa Care, num projecto avaliado em 1 bilhão de dólares, para implementar um laboratório e instalações de testagem avançados para integrar com o a tecnologia de scanners.