Nigéria Recebe 10,6 Milhões de Dólares em Ajuda da COVID-19
EQUIPA DA ADF
O governo dos EUA anunciou em inícios de Março que irá providenciar um valor adicional de 10,6 milhões de dólares para a resposta da Nigéria à COVID-19.
Entregues através da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), os fundos irão reforçar os sistemas de prestação de cuidados de saúde primários, a recolha e análise de dados a nível estatal e formar profissionais de saúde.
“Estes novos fundos irão aprofundar o nosso apoio para todos os níveis do governo” a fim de combater a pandemia, disse a Directora de Missões da USAID, Anne Patterson.
A ajuda aumenta o total da assistência dos EUA à Nigéria para 179 milhões de dólares nos termos do Acordo de Assistência para os Objectivos do Desenvolvimento, com duração de cinco anos, avaliado em 2,1 bilhões de dólares, assinado em 2021.
Desde que a pandemia começou, os EUA forneceram mais de 73 milhões de dólares para os esforços da Nigéria de prevenção da COVID-19, incluindo ventiladores, inquéritos de detecção epidemiológica da COVID-19, assistência técnica e planos de serviço.
Em Janeiro de 2021, os EUA efectuaram a entrega de um hospital de campanha, avaliado em 1,3 milhões de dólares, ao Centro Médico Federal de Abuja. O hospital de campanha inclui quatro instalações de isolamento de pressão negativa que podem acomodar até 40 pacientes e um gerador auxiliar, camas, chuveiros, lavatórios e outros equipamentos. As salas de pressão negativa garantem que os pacientes, independentemente da sua condição, recebam atendimento médico, incluindo cirurgias, sem que o ar contaminado saia da sala.
Alaska Structures foi quem fabricou o hospital e uma equipa nigeriana montou-o em Abuja.
Com a ajuda do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), as autoridades nigerianas abriram, em Outubro, um local integrado de rastreamento e provisão de serviços de tuberculose (TB), HIV e COVID-19 no Hospital Académico da Universidade de River State, em Port Harcourt. O objectivo é de incorporar o rastreamento da COVID-19 onde os serviços de HIV e TB já são providenciados para melhorar a detecção e prevenção do coronavírus.
A Nigéria também luta contra a pandemia com os seus próprios recursos. Quando o país experimentou a segunda vaga mortal de infecções, em Janeiro de 2021, o presidente Muhammadu Buhari aprovou um projecto de aproximadamente 17 milhões de dólares para construção de 38 unidades de produção de oxigénio em todo o país. O governo alocou 671.000 dólares adicionais para a reparação de unidades de produção de oxigénio em cinco hospitais.
A pandemia também encorajou a engenhosidade nigeriana. Em Setembro de 2020, o país desenvolveu um novo teste rápido concebido para detectar a COVID-19 de forma mais rápida e a custos mais baixos em relação a outros testes.
Conhecido como SIMA — Análise Molecular Isotérmica da SARS-CoV-2 — o teste é mais rápido do que os testes convencionais PCR (reacção em cadeia da polimerase) que detecta o DNA do vírus. O kit de testagem é simples, portátil e pode testar 16 amostras de uma só vez. Funciona em temperaturas de até 40° C e produz resultados em cerca de 40 minutos.
As Taxas de Infecção e as Mortes Diminuem
No dia 9 de Março, a Nigéria não registou nenhuma morte pela COVID-19 naquele país em mais de duas semanas com o declínio das taxas de novas infecções.
Iorhen Akase, director da unidade de doenças contagiosas no Hospital Académico da Universidade de Lagos, apelou ao governo federal e estatal para rever as suas directrizes de resposta à COVID-19 para lidar com os “actuais números de infecções”.
“Daqui em diante, devemos decidir sobre as nossas abordagens com base nas nossas experiências locais,” disse Akase à agência estatal nigeriana de notícias, News Agency of Nigeria. “Será que as pessoas devem continuar a fazer testes PCR quando chegam ao país ou estamos bem com apenas testes rápidos? … Será que devemos testar as pessoas que anteriormente foram infectadas com a COVID-19? Será que devemos fazer testes em crianças? Em que grupo de pessoas vemos mais vulnerabilidade no país? Como é que os idosos estão a comportar-se? Existem muitas perguntas por ser respondidas e isso deve ser feito com base nos dados.”
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