Arranca o Cutlass Express na África Oriental

EQUIPA DA ADF

Os membros da Força de Defesa Popular das Seychelles, as Forças Especiais Tazar, entraram a bordo de um navio, em fila indiana, com as suas armas em punho.

“Então, agora solicitamos os dois seguranças,” disse um instrutor da Guarda Costeira dos EUA. “Aqui, esta porta aqui é chamada de ‘frente fatal.’”

Um membro da equipa Tazar entrou pela porta com cuidado e passou a sua arma para a direita.

“Tudo limpo? Tudo certo,” disse o instrutor, enquanto mais membros da Tazar entravam para a cabine do navio.

Na primeira semana do Cutlass Express 2022, um exercício anual com a duração de 12 dias, patrocinado pelo Comando dos EUA para África (AFRICOM) e pelas Forças Navais dos EUA para África e as forças seichelenses estiveram envolvidas num exercício de simulação de visita, abordagem, busca e apreensão.

A Interpol e o Escritório das Nações Unidas contra a Droga e o Crime contribuíram com a formação, que começou no dia 6 de Fevereiro, em Djibouti, e contou com exercícios no Quénia e nas Seychelles.

SUBOFICIAL DE 2ª CLASSE DANIEL CHAREST/MARINHA DOS EUA

Outros países participantes foram Ilhas Comores, Djibouti, Geórgia, Quénia, Moçambique, Ruanda, Somália, Sudão, Tanzânia e Reino Unido.

“Reunir para coordenar as nossas capacidades no domínio marítimo não apenas cria segurança e estabilidade regional,” disse o Capitão David Family, oficial comandante de Camp Lemonnier, em Djibouti. “Oferece-nos uma oportunidade para aprofundar as nossas parcerias e cultivar novas daqui em diante.”

O exercicio foi oportuno. Os países participantes recentemente adoptaram a Emenda de Jeddah ao Código de Conduta de Djibouti, que forneceu uma estrutura para fortalecer a segurança marítima no Golfo de Áden e na parte Ocidental do Oceano Índico.A emenda apela os 14 Estados signatários a cooperarem para combater o crime organizado marítimo transnacional, incluindo o tráfico ilícito, a pirataria e a pesca ilegal, assim como em missões de busca e salvamento.

Durante exercício, os participantes foram formados em matérias de cuidados às vítimas de combate táctico, pontaria, manobras no mar e técnicas de combate corpo a corpo.

Os Fuzileiros Navais dos EUA, destacados para fazerem parte da Companhia da Frota da Equipa de Segurança de Combate ao Terrorismo, Centro, formou as Forças Navais do Quénia (KMF) em matérias de procedimentos de abordagem, sobrevivência nas águas, subir a escada, lidar com detidos e controlo de tripulação. A formação também tinha como objectivo ajudar as KMF, que foram criadas em 2018, para desenvolver um manual de instruções sobre como lidar com crimes marítimos.

“O nosso objectivo principal é de garantir que haja segurança ao longo da linha da costa,” disse o Tenente Joseph Lekakwar, da marinha queniana. “Penso que os exercícios de visita, abordagem, busca e apreensão são muito benéficos e espero que os façamos de novo. Realmente mantêm as nossas habilidades afinadas e farão uma grande diferença.”

Comandante Francis Kahoko, da marinha tanzaniana, e o soldado raso Hakeem Camille, das Forças Especiais das Seychelles disseram que foi benéfico trabalhar lado a lado com os seus aliados durante o exercício.

“Eu gosto de trabalhar com países parceiros para que possamos partilhar experiências e aprender uns dos outros,” disse Camille.

Durante a cerimónia de abertura do evento, Coronel Wais Omar Borgoreh, comandante da Guarda Costeira do Djibouti, disse que era imperativo continuar a melhorar a segurança regional em meio a pandemia da COVID-19.

“Pela primeira vez em mais de uma década, a força oficial da Guarda Costeira do Djibouti e a Marinha do Djibouti irão participar do exercício, não apenas no Djibouti, mas também no Quénia,” disse Borgoreh. “Com o apoio contínuo do AFRICOM, o Cutlass Express é uma demonstração da cooperação e coordenação da segurança marítima.”

Comentários estão fechados.