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Formaram-se filas fora dos bancos do Zimbabwe enquanto as pessoas esperavam para obter as primeiras notas de dólar zimbabweano emitidas desde 2009.
A moeda foi abolida há uma década porque a hiperinflação fez com que os preços duplicassem quase que diariamente.
O banco central do Zimbabwe espera que as novas notas aliviem uma grave escassez de dinheiro à medida que o país sofre uma crise económica cada vez maior. O banco desqualificou os receios de que a mudança irá alimentar mais a inflação. A inflação no Zimbabwe atingiu 300 por cento em Agosto de 2019 — a taxa mais alta do mundo.
O Banco Central do Zimbabwe insiste que as notas de 2 e 5 dólares zimbabweanos não aumentarão a oferta monetária global. As notas deverão substituir o dinheiro que foi guardado electronicamente.
Depois que o país aboliu a sua própria moeda em 2009, os zimbabweanos dependiam do dólar americano, do rand sul-africano, de outras moedas estrangeiras, notas de títulos e uma moeda electrónica chamada dólar de Liquidação por Bruto em Tempo Real (LBTR).
Os bancos limitaram o número de dólares que cada cliente deve levantar. Em 2016, o governo introduziu as notas e moedas de títulos, que deveriam ser equivalentes ao dólar americano, para compensar a escassez de dinheiro em dólares. Mas ninguém tinha fé de que eram equivalentes em valor e, no mercado negro, as notas de títulos perderam valor em relação ao dólar americano.
Em Fevereiro de 2019, o governo introduziu o dólar LBTR, que foi descrito como uma nova moeda, mas só existia electronicamente. O dólar americano e outras moedas estrangeiras foram banidos no final do ano pelo banco central, apontando a necessidade de voltar à normalidade.
O governo diz que as novas notas irão aliviar a escassez de dinheiro que tem deixado a maioria das pessoas incapazes de levantar o seu salário e poupanças.
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