Nigéria Forma Parceria Com Vizinhos Para Combater O Contrabando

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A Nigéria e seus vizinhos Benim e Níger concordaram em criar uma força conjunta de patrulhamento fronteiriço para combater o contrabando naqueles países da África Ocidental.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos três países reuniram-se para debater sobre o contrabando depois que a Nigéria, que tem a maior economia e a maior população de África, decidiu fechar as suas fronteiras terrestres para o comércio até pelo menos 31 de Janeiro de 2020. 

A Nigéria levou a cabo um encerramento parcial das fronteiras para combater o contrabando de arroz e outras mercadorias. Depois disso, todo o comércio através das fronteiras terrestres foi interrompido indefinidamente. 

O comunicado conjunto da reunião havida na capital da Nigéria, Abuja, refere que as delegações do Benim e do Níger apelaram para a reabertura imediata das fronteiras. 

As preocupações foram anotadas, e os delegados concordaram com o “estabelecimento de uma equipa conjunta de patrulha de fronteira composta pela polícia, alfândega, imigração, marinha de guerra e serviços de segurança de Estado dos três países”, lê-se no comunicado. 

Os delegados também concordaram que os ministros das finanças e do comércio dos países criariam um comité para promover o comércio intra-regional, e disseram que garantiriam que as pessoas que cruzassem as suas fronteiras exibiriam documentos de viagem reconhecidos pelo bloco regional da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental. 

Desde a sua tomada de posse, em 2015, o Presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, introduziu políticas destinadas a reprimir as importações e o contrabando, a fim de impulsionar a produção local. Apesar de ser o maior produtor de petróleo bruto de África, a Nigéria importa a maior parte do seu combustível refinado devido ao estado moribundo das suas refinarias. 

Cerca de 10 a 20 por cento do combustível nigeriano é contrabandeado para países vizinhos, de acordo com a Associação dos Principais Comerciantes de Produtos Petrolíferos da Nigéria, porque a gasolina é fortemente subsidiada no país e os preços são mais elevados nos países vizinhos.

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