EQUIPA DA ADF
O governo dos EUA fez a entrega de material médico e de higiene avaliado em 400.000 dólares ao Zanzibar para apoiar a sua resposta à COVID-19.
O carregamento inclui equipamento respiratório, como oxímetros de pulso, que estimam o pulso de uma pessoa e a saturação de oxigénio no sangue; cânulas nasais pediátricas e para adultos, que fornecem oxigénio suplementar ou aumentam o fluxo de ar para um paciente; máscaras; pulverizadores de dorso; e sacos para o descarte de substâncias perigosas.
“Acreditamos em relações de parceria para trazer prestação de cuidados de saúde de qualidade para a população em geral.” Dr. Abdullah S. Ali, director-geral do Ministério da Saúde, Acção Social, Terceira Idade, Género e Criança, disse aquando da chegada dos itens. “A encomenda de suprimentos médicos recebida irá preencher as lacunas existentes na redução do fardo associado à ameaça da COVID-19 em termos de mortalidade, morbidade e hospitalizações.”
No ano passado, os EUA doaram 16,4 milhões de dólares para a resposta da Tanzânia à COVID-19. O embaixador dos Estados Unidos na Tanzânia, Donald Wright, disse que os EUA estão comprometidos em trabalhar com todos os ramos do sector de saúde da Tanzânia. Zanzibar é um grupo semiautónomo de ilhas, que, desde 1964, formou uma união política com a Tanzânia.
Wright aplaudiu a nova direcção tomada pela Presidente Samia Suluhu Hassan, que prometeu criar uma força-tarefa da COVID-19 e “fornecer aconselhamentos baseados na ciência sobre como responder de forma eficaz.”
Hassan assumiu o cargo depois de o antigo presidente, John Magufuli, um grande céptico em matérias de COVID-19, perder a vida, em Março. Certa vez, Magufuli afirmou que o país tinha erradicado o vírus através de três dias de oração, noticiou a The Associated Press. Ele também opôs-se ao uso da máscara e ao distanciamento social e advogou o uso de terapias de vapor para tratar a doença.
Wright disse que as autoridades dos EUA esperam que a força-tarefa de Hassan venha incluir “uma revisão das provas sobre as vacinas” e o “compromisso de melhorar as comunicações e a partilha de dados.”
A abordagem de Hassan em relação à pandemia foi radicalmente diferente da de Magufuli. Ela disse que a força-tarefa de especialistas da saúde iria analisar a opinião global sobre a COVID-19 para obter decisões informadas sobre os tratamentos e as políticas.
“Não é adequado ignorar” a COVID-19, disse Hassan numa reportagem da Al-Jazeera. “Não podemos rejeitar ou aceitá-la sem qualquer prova da pesquisa. “Eles [os especialistas] irão dizer-nos mais sobre a pandemia e aconselhar-nos sobre o que o mundo propõe. Não podemos aceitar tudo da forma como vem, mas também não podemos nos isolar como uma ilha enquanto o mundo está a mover-se numa direcção diferente.”
Doações anteriores dos EUA à Tanzânia incluíram fundos de alívio da COVID-19 para fortalecer a capacidade laboratorial para melhores diagnósticos; comunicação de riscos; água e saneamento, prevenção e controlo de infecções e comunicações sobre a saúde pública.