EUA Acrescenta Apoio à Resposta do Botswana à COVID-19

EQUIPA DA ADF

O governo dos EUA está a contribuir com 4 milhões de dólares adicionais para ajudar o Botswana a combater a COVID-19.

Os fundos constituem um acréscimo aos mais de 8,4 milhões de dólares em ajuda humanitária dos EUA àquele país desde o início da pandemia. A maior parte do dinheiro é utilizada para fortalecer a prevenção de infecções, fortalecer a vigilância nos postos fronteiriços e apoiar nos esforços de planificação.

“Continuaremos a fazer todo o possível… para construir um mundo mais seguro contra a ameaça de doenças contagiosas,” disse o embaixador dos EUA no Botswana, Craig Cloud.

Em Março, uma doação dos EUA, de 1,7 milhões de dólares, ajudou a construir 14 centros de isolamento da COVID-19 em zonas remotas e com falta de recursos.

Nessa altura, a Embaixada dos EUA no Botswana afirmou que o Hospital Universitário Sir Ketumile Masire, em Gabarone, foi incapaz de responder à demanda quando o país experimentava mais uma vaga de infecções. As clínicas de isolamento tratam dos pacientes próximo das suas casas e aliviam o fardo do hospital universitário.

As clínicas de isolamento continuarão a tratar de doenças contagiosas quando a pandemia terminar.

Os EUA também ajudaram a publicar material de prevenção e gestão da COVID-19 nas clínicas e em espaços públicos, desenvolveram conteúdo para a campanha de comunicações sobre a COVID-19 do Botswana e realizaram webnários para profissionais de saúde sobre as medidas de mitigação e monitoria da COVID.

Nos centros de prestação de cuidados de doenças contagiosas, os EUA ajudaram a criar estações de triagem para libertar espaço nas salas de espera dos pacientes com HIV, que procuravam cuidados da COVID-19. Os EUA também estão a criar um Programa de Formação de Laboratório de Epidemiologia de Campo para formar uma equipa de profissionais de saúde para poderem identificar e controlar surtos de doenças e evitar a sua propagação.

O governo do Botswana ordenou o uso de máscaras e promoveu o distanciamento social e a lavagem das mãos. Também impôs confinamentos obrigatórios totais e horários de recolher obrigatório, colocou limites de aglomerados e exigiu medições de temperatura e registo de detalhes de contacto para a entrada em qualquer estabelecimento.

Quando os casos da COVID-19 aumentaram em finais de Fevereiro, o Presidente Mokgweetsi Masisi, do Botswana, prorrogou um recolher obrigatório nocturno até finais de Março.

Uma redução gradual mas significativa no número de novas infecções foi registada em meados de Agosto.

“Também verificamos uma redução no número de internamentos com um decréscimo de 70% em pacientes internados nas nossas instalações de tratamento da COVID-19,” disse Masisi num discurso transmitido pela televisão, durante o qual deu um fim à proibição da venda de bebidas alcoólicas, que durou dois meses.

As autoridades ficaram alarmadas, contudo, quando fotografias e vídeos partilhados nas redes sociais retratavam “desrespeito flagrante aos protocolos de segurança da COVID-19 em alguns locais de venda de bebida,” o Ministério da Saúde disse num comunicado de imprensa.

“O país não devia retroceder aos dias sombrios dos últimos meses, onde as infecções iam aumentando a uma taxa alarmante e as pessoas perdiam as vidas no processo,” Dra. Pamela Smith-Lawrence, directora interina dos serviços de saúde, disse no comunicado. “Incidentes como aqueles reflectidos nos vídeos a que nos referimos, sem dúvidas, expõem muito mais pessoas a esta perigosa doença, que pode sobrecarregar o sistema de saúde, que já está acima do seu limite.”

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