Hospital de Campanha Ajuda a África do Sul a Combater a COVID-19

EQUIPA DA ADF

A doação dos EUA de um hospital de campanha com 40 camas, estimado em 1,4 milhões de dólares, ajudará os profissionais de saúde a lutarem contra o coronavírus na província do Noroeste, na África do Sul. O hospital de campanha foi entregue à cidade de Mahikeng, numa altura em que a região luta contra um aumento de casos da COVID-19.

O Hospital Provincial de Mahikeng anteriormente apenas tinha quatro camas de isolamento de pressão negativa, enquanto o novo hospital de campanha tem 40 camas isoladas por meio de pressão negativa. Naquelas salas, a pressão do ar é mantida em níveis baixos para impedir que o ar potencialmente contaminado flua para fora quando uma porta é aberta.

“A doação deste hospital de campanha veio num momento oportuno, visto que os nossos cientistas estão a antecipar uma possível segunda onda de infecções pela COVID em Fevereiro,” disse Jeanette R. Hunter, directora-geral adjunta dos cuidados de saúde primários no Departamento Sul-africano de Saúde.

Fabricado nos EUA, pela Alaska Structures, o hospital de campanha vem com dois geradores de 2.300 quilowatts, assim como casas de banho, chuveiros e uma área de recepção. Possui oito unidades de ar-condicionado equipadas com filtração de ar de alta eficiência e sistemas de luz ultravioleta para controlar infecções.

O hospital foi adquirido pelo Comando Africanos dos EUA (AFRICOM) através do seu programa de assistência humanitária que financia infra-estruturas, equipamento e formação para ajudar os países parceiros a lidarem com emergências relacionadas com a saúde e com as mudanças climáticas.

O AFRICOM já doou sete hospitais de isolamento de pressão negativa com 40 camas e sete hospitais de isolamento de pressão negativa com 30 camas. A contribuição também ajuda a pagar para que os representantes do fabricante formem e dêem assistência ao pessoal médico e pessoal de apoio de cada país na montagem, operação e conservação do hospital.

Em Agosto, o AFRICOM fez a entrega de máscaras, luvas, batas hospitalares e materiais de desinfecção, no valor de 340.000 dólares, ao Departamento Nacional de Saúde da África do Sul. O AFRICOM também ajudou a instalar estações de lavagem das mãos, avaliadas em 225.000 dólares nas províncias de Gauteng, Cabo Oriental e KwaZulu-Natal.

Os EUA contribuíram com mais de 46 milhões de dólares para a África do Sul desde que a primeira infecção pela COVID-19 foi confirmada, naquele país, no dia 5 de Março.

Este programa segue um outro que o antecedeu, através do AFRICOM, na doação de hospitais de campanha de Nível II, das Nações Unidas, a quatro países, para o seu uso nas operações de manutenção da paz. Em três desses países — Gana, Uganda e Senegal — o exército montou e usou os hospitais a nível doméstico para tratar dos pacientes da COVID-19.

O pessoal do AFRICOM continuou a dar formações virtuais durante a pandemia para ajudar profissionais de saúde militares a responderem ao surto.

“Ainda estamos envolvidos com esses países apesar de termos restrições para viajar neste momento. A formação está a decorrer,” disse o Major Mohamed Diallo, especialista em saúde internacional, no Gabinete do Cirurgião Comandante do AFRICOM.

Diallo disse que os módulos da última formação partilham as lições aprendidas em todo o mundo na gestão de cuidados em pacientes em estado crítico e pacientes da COVID-19. “Ainda estamos a trabalhar com eles; estamos envolvidos com eles, para fortalecermos as suas capacidades de lidar com a pandemia,” disse Diallo.

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